Olá galera, estava conversando certo dia com um amigo meu sobre relacionamento, na verdade estava sendo um tipo de conselheira para ele naquele momento, confesso que não sou muito boa nisso, mas o caso é que ele realmente precisava desabafar então, somente o escutei e decidi fazer um post sobre o problema que ele me apresentou para tentar ajudar, provavelmente esse meu amigo estará vendo esse post e saberá que foi feito com intenção de ajuda-lo e ajudar as pessoas que estão passando pela mesma fase que ele.
Pesquisando pela net encontrei um texto de Daniel de Oliveira com o título: Quando a gente aprende a ir embora, que traduziu tudo o que estava pensando no momento em que meu amigo estava conversando comigo...
As pessoas costumam dizer que relacionamento é complicado é sempre aquela lenga lenga quem vai dizer primeiro “eu te amo”, o que o outro vai responder quando ouvir. Outros dizem (e eu concordo) que a coisa mais difícil não é o momento certo de dizer que ama, ou a primeira noite de sexo do casal, ou conseguir manter a convivência, ou controlar os ciúmes. Não, isso faz parte. A coisa mais difícil é reconhecer o momento exato em que um relacionamento acaba.
Se apaixonar é fácil, se apegar é fácil difícil é renunciar uma história escrita a quatro mãos. É uma vida a dois que chegou ao dilema entre dar mais passos à frente e pisar em falso ou fechar a porta e deixar a chave na cabeceira. É complicado quando a gente reconhece que a relação já não tem mais futuro e não acrescenta em mais nada. Esse tipo de coisa não acontece de um dia pro outro, mas resulta de um processo que pode ter sido iniciado por uma razão qualquer. Uma das partes pode ter acordado e achado estranho aquele braço por cima do seu corpo durante a noite. Ou pode ter visto uma das fotos antigas e não ter se encontrado nos dias mais recentes com aquele sorriso de antes. São indícios delicados, frases quebradas, contatos minuciosos que indicam que chegou ao fim.
Desistir de uma relação que não tem mais profundidade nem se mostra prazerosa para um dos envolvidos não é tarefa fácil. É necessário pensar, repensar, pesar as coisas e tomar uma decisão que põe em risco milhares de situações para cada um deles. Existe aquela ligação sentimental, seja de carinho, seja de relembrar tudo o que foi vivido em conjunto. E daí vem aquela hora de pensar sobre o que seria melhor: continuar por comodidade (e abrir mão de novas descobertas e evoluções a dois para manter intacto algo que pode ser estrondoso caso termine) ou arriscar ir embora para tentar ser feliz. Tem também o caso de não deixar que o outro vá embora pelo sentimento de posse que ainda se tem. É mais fácil continuar numa relação vazia e furada do que permitir que a outra pessoa seja feliz sem você.
Não vou entrar no debate entre valer a pena ou não e, principalmente, se foi amor ou não. Mas chegou ao fim. É aquele momento em que você percebe que amor não é tudo numa relação (se é que realmente isso pode ser chamado de amor). Que conviver, confiar, enxergar além do outro, manter vivo o dinamismo e as experiências cotidianas são muito importantes também. Ou que tudo isso é até mais importante que o próprio sentimento de amor. É hora de abrir mão de um presente estável e mergulhar na sensação de estar perdido no mundo novamente, principalmente se a relação atravessou anos ou tempo demais para ser destacada de maneira fácil. Quando a gente aprende a ir embora, a gente aprende a deixar pra trás coisas que fazem parte de nós ou que nos tornaram o que somos hoje. Talvez não seja tão difícil assim como eu digo. Talvez seja só um drama bobo de comédias românticas que quase ninguém vive por aí. Mas desalojar velhos conhecidos pode ser realmente um grande aprendizado.
Espero sinceramente que esse post tenha ajudado em algo.
2 comentários:
Belo texto. Arrazou!
Concordo contigo! E quando a pessoa é como eu, que é difícil de gostar e difícil também de desgostar, terminar um relacionamento é algo extremamente dolorido. Tanto que hoje em dia até temo entrar neles, por medo de passar por essas fases que me detonam por dentro. Mas medo no meu caso não impede de que eu viva os romances, é só medo mesmo. Porque deixar de viver por medo, é burrice.
Beijocas
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